
- Nº 1831 (2008/12/31)
<i>Lisnave</i>
Breves Trabalhadores
No dia de Natal, na residência oficial do primeiro-ministro, uma delegação de trabalhadores da Gestnave e Erecta entregou um pedido urgente de audiência, reclamando que José Sócrates faça cumprir o mais recente acordo firmado entre a Lisnave e o Governo. A data foi escolhida «face à insensibilidade revelada pelo Governo nos demais dias», explicou o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul. Em Março, um «acordo de princípio» preconizava a contratação dos mais de 200 trabalhadores despedidos da Gestnave e Erecta, para continuarem a laborar no estaleiro da Mitrena, através de uma empresa de trabalho temporário. Contudo, só 113 foram convidados. Um acordo de 1997, que serviu para a Lisnave receber cem milhões de contos (500 milhões de euros), previa um quadro de pessoal de 1339 trabalhadores, mas a empresa tem apenas 300. Para os representantes dos trabalhadores, não há nenhuma razão para que não sejam todos integrados no quadro da empresa, directamente e sem intermediação de empresas de trabalho temporário, tal como muitas centenas de operários que, com vínculos precários e por conta de empreiteiros, trabalham com regularidade no estaleiro.